segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ciclo Solar

Uma das contra-teorias do Escurecimento global (ou clareamento global, dependendo do ponto de vista) defende que a menor incidência da radiação solar deve-se a variação da atividade solar.

O Sol apresenta variações de maior e menor intensidade em sua atividade. Seus ciclos duram, normalmente, cerca de 11 anos. O momento em que as atividades solares atingem seu pico é conhecido como máxima solar. Depois essas atividades decrescem e o Sol passa por um período de calmaria. No século 17 uma grande calmaria, que durou 70 anos, resultou em uma “mini era do gelo” (REBOUÇAS, 2009).

Estudar a superfície solar é uma forma de poder controlar o seu ciclo. Satélites e observatórios coletam constantemente dados a partir do Sol. As manchas solares, causadas por intensa atividade magnética, por meio de sua frequência e quantidade, agem como indicadores de período máximo ou mínimo solar. Essas manchas representam poderosas tempestades solares que, na direção da Terra, poderiam bombardear seu campo magnético, interrompendo redes de energia ou até expulsando satélites em órbita ao redor do planeta.

Atualmente, o Sol está caminhando para o máximo solar em 2013, porém, nos últimos anos, um longo período de atividade moderada intriga os especialistas, que procuram desenvolver melhores modelos de previsão do ciclo solar. Resultados dos últimos estudos sobre manchas solares mostram que no próximo ciclo a atividade pode ser reduzida significativamente (ROMANZOTI, 2011).

Martin Wild, em Zurique, comandou um grupo de investigação pelo Programa de Medidas da Radiação Atmosférica do Instituto Federal de Tecnologia Suíço, que revelou mediante diversos dados e imagens de satélites que, na última década, a luminosidade do planeta aumentou em 4% (ZANATTA, 2006), ou seja, que a refletividade da Terra, seu albedo (razão entre a radiação refletida pela recebida), está aumentando.

O balanço de radiação global terrestre, onde, segundo a professora Alice Marlene Grimm(2011) de toda radiação solar  recebida, 30% é refletida, 64% emitida pela atmosfera para o espaço em ondas longas, e 6% emitida também em ondas longas, transparentes à atmosfera, direto para o espaço, pode estar se alterando. Para manter o equilíbrio entre a radiação solar incidente e a retornada para o espaço, se há um aumento da radiação refletida, haverá também, uma diminuição da radiação emitida pela Terra.

Portanto, com os estudos de Wild, ainda que o Sol estivesse em um período de menor atividade, é possivel afirmar, que a diminuição da radiação que chega na superfície terrestre resulta de outro fenômeno, e não do ciclo solar. O que pode ser explicado, de acordo com Water Guido Lazzarini (2011), pelo aumento de partículas contaminantes na atmosfera, que formam nuvens mais brancas, que funcionam como grandes espelhos, refletindo a luz de volta ao espaço.


Referências
 
GRIMM, Alice Marlene. Balanço global de calor.  Meteorologia básica - Notas de aula. Disponível em:
< http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/>  Acesso em: 17/12/11

LAZZARINI, Walter Guido.  ¿Que es el oscurecimiento global?  Lareserva.  6 de maio de 2011.  Disponível em:
<http://www.lareserva.com/home/oscurecimiento_global> Acesso em: 16 de agosto de 2011

REBOUÇAS, Fernando.  Monções africanas.  Infoescola.  16/03/2010.  Disponível em: <http://www.infoescola.com/clima/moncao-africana/>  Acesso em: 13/10/2011

ROMANZOTI, Natasha.  Como funciona o ciclo solar?  hype science.  16 de junho de 2011.  Disponível em < http://hypescience.com/como-funciona-o-ciclo-solar/>  Acesso em: 11 de novembro de 2011

ZANATTA, Piero.  Oscurecimiento global. Natural.  30 de maio de 2006.  Disponível em: <http://www.revistanatural.com/articulo.asp?id=676>  Acesso em: 15 de agosto de 2011

2 comentários:

  1. Texto muito interessante.
    Vai um video abaixo para refletir...
    http://www.youtube.com/watch?v=wCmO3OCZX6Q&feature=player_embedded
    Prof. Michel

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  2. Texto muito interessante.
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    Prof. Michel

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